Assim como muito da civilação atual (inclusive se tratando de empresas), os mais poderosos sempre agregam aos mais ínfimos. Até porque, o que é o arco-íris senão uma parcela da chuva e do fogo?
...Oshumaré, senhor dos arco-íris, é apenas uma mera somba do onipotente Xangô...
E isso me aperta no cérebro a encontrar um corisco que sirva de luz. Até que ponto nossa especialidade, nosso reino, nosso melhor pode ser confundido e aglutinado com algo mais trogloditamente e opressivamente maior? A grandeza desse pensamento se estende tanto, que me embaralho nos mapas e no solfejo - na hora de cantar meu caminho de idéias -, mas é algo muito mais transcendente do que lógico;
(...)
Dos filmes que eu aprendi, há uma passagem interessante a ser comentada; Kill Bill 2, encontro final, dissertação sobre bem e mal, métafora dos super heróis:
Bill, alvo de B. Kiddo, nos diz que adora quadrinhos e seu super hero favorito é o Superman. Não pela qualidade do quadrinho, e sim pela filosofia intrínseca. Enquanto todos os outros super heroes adquirem poderes ou se transvestem, superman faz justamente o oposto.
Ele É o superman; "ele nasceu superman e quando acorda de manhã, ele é o superman". E se transveste de C. Kent para se passar por ser humano. (E agora vem a melhor parte.) E como é o C. Kent? Ele usa óculos, para demonstrar sua imperfeição. "Ele é fraco, ele é inseguro, ele é covarde".
(...)
É facultativo. O fraco e o herói; o sublime e a luxúria; o amor e a atraição; os erros e a lição: a Política e a Alienação. Abandonamos nossos mestres xamãs, artistas rupestres, enforcados, queimados-vivo, bruxas, comunistas, pacifistas. Nos encruamos e choramos com tapas de imperativo, nos levando a um eterno gerundismo em que tudo se começa e Cerberus e Pegasus se confundem e fundem com animais.
A ausência de luz nunca saiu da cabeça humana, e é este o "red bull" do avanaço; a pólvora da grande bomba (!!!). Nossa meta é atrair, desviar, entranhar a luz que flui em cobre para iluminar nosso ôco. Para deixarmos de ser pseudo-heróis, e que o facultativo passe a ser a escolha de Mr. Kent. Mesmo que ele não exista. E mesmo que a conformidade com o nosso máximo-super-limitado seja o destino que vamos saborear como calda de chocolate, que apura em banho maria.
~~~~~~~~//~~~~~~~~
Exceto aqui! Aqui o meu alter-ego perfeito é. Aqui a pessoa culta, informada e dona do domínio empunha as flechas de Oxóssi e as armaduras de Ogún. Meus graus adquiridos para o evento ajudarão a distinguir As Sete, em degradè, no mais alto mastro que eu fincarei, e, onde, colorida brilhará o Manto de Oshumaré!
Nem por ele, mas por mim; o Vermelho que puxe as forças; o Alaranjado e Amarelo que vos chamem; o Verde que nos sustente; os Azúis, que nos dêem serenidade e depois a euforia necessárias. E assim, que púrpura seja a nossa vitória entre Dionísio, Afroditte, os marginais mediuns e medius.
Capadócia, me aguarde.
Namoros
Há 14 anos
Um comentário:
Amigo, não canse do seu blog. Cuide dele direitinho, mesmo que um dia você não esteja com vontade de colocar em palavras os pensamentos complexos e inteligentes que passam pela sua mente. Mesmo que um dia você seja atacado por uma lagartixa e a única coisa que você sinta vontade de falar seja sobre ela. Eu adoro ler os teus escritos, fico orgulhosa de ver a tua habilidade em materializar com perfeição aquilo em que tu pensas e acreditas. Escreve. =)
Obs.: Não sabia do seu interesse sobre os Orixás. Tááá, pai de santo! hehehehe =*
Postar um comentário